Ausência da África do Sul na Assembleia chama atenção
- onuvitalimprensa
- 17 de out. de 2023
- 2 min de leitura
David Bonace Lopes Fernandes e Francisco Luís Alves Moraes

Bandeira da África do Sul.
Segunda maior economia do continente, a África do Sul representa uma das maiores potências africanas. Ainda assim, o país não foi convidado para a Assembleia Geral de 2023, cujo tema é "O papel da mediação na prevenção de conflitos no continente africano". Contudo, ao analisar a história do território, percebe-se que a sua participação nesta simulação seria crucial para poder resolver os conflitos africanos de uma maneira mais pacífica e diplomática. Como motivo, a África do Sul propaga a pacificação dos outros países da África e apoia regimes que promovam a segurança e integridade das regiões conflituosas.

Segunda maior economia do continente, África do Sul está ausente na Assembleia.
Um dos conflitos étnicos mais relevantes da África ocorreu, justamente, na África do Sul e ficou conhecido como "Apartheid" que significa "desenvolvimento separado das raças" em africâner. Foi um regime de segregação racial institucionalizada, e perdurou entre 1948 a 1994, período no qual teorias relacionadas ao Darwinismo Social eram extremamente relevantes. Teve fim com o ex-presidente do país Nelson Mandela, e configurou-se com uma resolução um tanto quanto pacífica e organizada. Por essas razões, é questionável o motivo da ausência da região na Assembleia da ONU de 2023. O fato de ela ter sido deixada de lado, mesmo sendo tão importante para este debate por conta de seu exemplo, é inadmissível e contraditório. Por fim, é surpreendente que com tanta organização e complexidade, o básico e essencial foi esquecido: o país que lutou por anos contra, talvez, o maior conflito que a África já teve, está fora da Assembleia Geral e suas contribuições para a paz foram silenciadas.

A luta pacífica dos negros contra o regime do Apartheid apresenta um ideal de paz importante para a discussão da Assembleia.
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