O Haiti teve de pagar por sua liberdade frente a França e a culpa por situação do país
- onuvitalimprensa
- 17 de set. de 2019
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Mesmo com a redução da dívida, o Haiti nunca se recompôs da sua dívida.

Devido ao peso da sua dívida externa, o Haiti, quando nasceu, já estava praticamente falido. Desde então, 80% do orçamento do país continuava a ser devorado pelos pagamentos da dívida.
Assim começou formalmente o que se conhece como a dívida da independência. Um banco francês emprestou ao Haiti 30 milhões de francos - o valor da primeira parcela devida - e deduziu automaticamente desse valor 6 milhões de francos em comissões bancárias.
Com o que sobrou, 24 milhões de francos, o Haiti começou a pagar as indenizações à França, o que significa que o dinheiro passou direto dos cofres de um banco francês para os do governo francês.
Desde então, o Haiti teve que pedir grandes empréstimos a bancos americanos, franceses e alemães, com taxas de juros exorbitantes que comprometiam a maior parte das receitas nacionais.
Porém, no Congresso do dia 17/09/2019 sediada em São Paulo, a Alemanha aceitou perdoar a divida ao Haiti. Além disso, a França apenas ofereceu trocas tecnológicas entre os países. Em réplica, o Haiti afirmou que de nada adiantava o auxilio tecnológico, tendo em vista que a desenvolvimento tecnológico não tirará o país da miséria.
Em um segundo momento, a França relembra que não auxiliara o Haiti uma vez que seu governo ainda tem relações com a antiga postura ditatorial. Entretanto, depois de uma série de discussões e esclarecimentos por parte do Haiti, a França aceita perdoar 50% da dívida histórica.
Em resposta, o Haiti afirma que mesmo com o perdão, não conseguirá acabar com a situação problemática do país. Ademais, os delegados deixaram claro que não existe qualquer relação entre o governo atual e a antiga ditadura.
Além da Alemanha, a Espanha aceitou auxiliar a Haiti em relação ao desenvolvimento futuro, porém, tendo em vista que a França é um grande aliado comercial da Espanha, esse auxilio não é imediato e não diminuirá a divida existente entre os países no momento.
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